Hoje é dia 8 de março. Dia que foi
institucionalizado pela ONU, em dezembro de 1977 - coincidentemente, mês e ano
em que nasci, e por isso nunca esqueço - como o Dia Internacional da Mulher.
Mas, a data já era “pleiteada” desde os primeiros anos do século XX, por
americanas e europeias, que já iniciavam os movimentos por melhores condições
de trabalho, e de direitos, como o de voto, por exemplo.
A história é muito mais longa e rica do que isso,
mas é só uma introdução, que nos dá uma ideia das profundas mudanças que
vivenciamos de lá pra cá. Um período, historicamente curto, mas que transformou
significativamente a vida das mulheres.
E graças a muitas mulheres, e a muitos homens
também, que apoiaram essa luta, hoje, trabalhamos fora e temos independência
financeira; podemos pensar e dizer o que pensamos; nos vestimos como bem
entendemos; não queimamos mais sutiãs, os tiramos, pois não somos mais (salvo
exceções) oprimidas sexualmente, e apenas progenitoras, somos mulheres inteiras,
com vontades próprias; votamos (às vezes, mal e porcamente, diga-se de
passagem!), mas conquistamos também esse direito; ocupamos funções e cargos
impensáveis a algumas décadas atrás; somos até presidenta de país. É, acho que
foi uma evolução considerável, não acham?
Sabemos bem, que apesar de todas as conquistas e
avanços, ainda há muitas coisas a serem conquistadas e “resolvidas”. O
preconceito ainda impera em alguns ambientes de trabalho e domésticos. Onde as
mulheres ainda são desvalorizadas e menosprezadas, lhes dão jornadas excessivas
de trabalho, desvantagens financeiras e na carreira profissional... Sem falar,
no que eu acho mais grave, a violência contra mulher, a violência física e
emocional. Isso é totalmente inaceitável. E o oposto também, diga-se de
passagem. Tem mulher “descendo o braço”. Coisa feia! Pros dois lados.
Eu admiro muito as mulheres de fibra, fortes,
inteligentes, que conhecem as coisas e sabem do que falam, e não precisa ser o
conhecimento dos bancos de faculdade, pode ser a inteligência empírica, a
inteligência da vida, a inteligência da alma, a inteligência de quem se
esforçou para conquistar espaço, para expor seus pensamentos, opiniões,
angustias e até seu corpo, por que não? Ninguém gosta de usar saia longa ou
burca o tempo todo. Admiro as mulheres que marcam posição na vida, seja lá qual
for essa posição. Tenho muitos exemplos próximos de mulheres assim. E tento
“hard” ser uma.
Tem outra coisa... Já escrevi em outras
oportunidades que tenho um pouco de preguiça com a “briga” de gêneros. Não vejo
nenhuma necessidade de sermos melhores que os homens, e melhores do que nós,
mulheres, eles também já sabem que não são. Somos pessoas, e tanto homens
quanto mulheres podem ser incríveis ou insuportáveis, em todos os aspectos da
vida.
Aproveitemos o dia para refletir. Sobre nossas conquistas, responsabilidades, papéis, limitações, sobre nossas vidas!
Não é preciso ser uma feminista bolchevique
radical, para lutar pelo seu espaço e direitos. Basta pensar, se preparar, para
seja lá qual for o seu objetivo de vida pessoal e profissional, e agir com
autonomia, segurança e competência. Porém, com calma, sem histeria. Afinal,
ainda somos mulheres, e um pouco de charme e delicadeza não faz mal a ninguém.
Não precisamos usar bigodes e nem cuecas! Só usar a cabeça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário